quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Cinco Mitos sobre a paternidade




Mitos e verdades

Se você é como a maioria dos pais de primeira viagem, deve estar com algumas idéias na cabeça um tanto equivocadas sobre o significado da paternidade. Esses conceitos são baseados em experiências com seu próprio pai e em atitudes que você acredita serem esperadas pela sociedade. Infelizmente, há poucos recursos disponíveis para ajudar os homens a processar tais assuntos ou para colocar tantos mitos em xeque. Mesmo assim, quanto mais você examinar e buscar entender suas expectativas sobre a paternidade, mais chances terá de se tornar o pai que deseja.

Talvez o maior dos mitos seja o de que há apenas uma definição do que é ser um "bom pai". A questão é que a paternidade não é nenhuma entidade imutável. Você tem o poder de fazer dela o que quiser para atender às suas necessidades, assim como as da sua família. E o melhor de tudo é que tem tempo para isso. Da gestação aos primeiros anos de uma criança, os homens mudam e desenvolvem uma identidade única como pais. Veja a seguir outros cinco mitos sobre a paternidade e a verdade escondida por trás deles.

Mito 1: Só os sentimentos da gestante é que contam

As incríveis mudanças no corpo de sua parceira durante a gravidez e os preparativos para o parto podem fazer com que se acredite que somente os sentimentos dela importam neste momento. A preocupação com o bem-estar físico e mental da mulher na gravidez é importante, assim como depois que o bebê nascer, o que não quer dizer que os sentimentos do pai não sejam também.

É mais fácil para um futuro papai falar todo animado sobre os aspectos positivos das mudanças que vêm pela frente. Bem mais complicado é dar voz à inevitável sensação de temor e apreensão. Será que vou desmaiar na hora do parto? Será que vai haver alguma complicação? Será que nosso relacionamento vai mudar? Será que a chegada de um filho não vai atrapalhar minha carreira?

É importante que sua parceira saiba dos seus receios. Muitos pais não compartilham medos sobre a gravidez e a chegara do bebê com as mulheres para poupá-las de mais preocupação. A verdade é que a maior parte das mulheres
quer esse tipo de interação. Conversas sinceras e abertas só vão aproximar vocês dois.

Não deixe também de conversar com amigos que estejam passando ou já tenham passado pela experiência.

Mito 2: Recém-nascidos não precisam dos pais

A forte ligação entre sua parceira e o bebê, especialmente se ele estiver mamando no peito, poderá deixar você se questionando se afinal de contas vai servir para alguma coisa. Saiba que sim. Você é uma pessoa importante na vida do neném e traz conforto e segurança a ele. Para criar um vínculo especial com seu filho, segure-o no colo, nine-o, converse com ele ou cante uma música -- só espere para fazer isso depois das mamadas, assim a atenção dele será total. Além de ter momentos especiais com o bebê, você também estará ajudando a dar um tempo para sua parceira descansar e recuperar as energias depois de amamentar.

Você pode ajudar a alimentar o bebê se sua parceira
ordenhar o leite para colocar em uma mamadeira ou copinho, ou se vocês, junto com o pediatra, tiverem decidido complementar a alimentação com fórmula láctea.

Mito 3: Homens não sabem cuidar de bebês

Esta é uma grande mentira que impede pais de terem uma relação próxima com os bebês e causam ansiedade nas mães, que temem que os homens não sejam capazes de lidar com recém-nascidos. No mundo de hoje não faltam exemplos de homens que cuidam de bebês sozinhos. Pais e mães aprendem a atuar como tal no dia-a-dia, pela vivência e pelo contato com as crianças. Se dedicar tempo para seu filho, você naturalmente aprenderá a reconhecer as necessidades dele.

Mito 4: Homens que se dedicam aos filhos não estão bem na carreira

Muitos homens cresceram com o conceito de que seu valor era basicamente medido pelo trabalho. Mas essa verdade, que já foi absoluta, começa a mudar, e alguns homens estão trocando as conquistas profissionais por mais tempo com a família, por enxergar aí a fonte de sua satisfação pessoal, e não porque simplesmente suas carreiras já não iam bem mesmo. Hoje em dia, mais homens do que nunca sentem que ser bons pais é uma conquista significativa por si.

Mito 5: Você está destinado a ser um pai igual ao que teve

Seu próprio pai vai adquirir novos significados quando você se tornar pai. É natural pensar em sua história e acreditar que, por bem ou por mal, seguirá os passos do seu pai. Mas não tem que ser assim. Seu pai é uma das influências sobre o tipo de pai que você será, porém não a única. Pense em todas as pessoas que afetaram sua vida ao longo do tempo, de professores a amigos, tios e irmãos, e crie sua própria identidade paterna.

Basta ver como cada lugar do mundo encara a paternidade de uma forma diferente. Em algumas culturas africanas, por exemplo, "pai" é na verdade um grupo de homens, não um indivíduo. A paternidade é socialmente construída, baseada nas necessidades dos integrantes de um determinado local, em um determinado momento histórico. Foi assim com nossos pais. Para eles, ser bom pai era, acima de tudo, ser bom provedor e não deixar faltar casa, comida e educação para os filhos. Os homens agiam conforme o que parecia ser melhor dadas as demandas sociais e familiares da época.

Você também fará esse tipo de escolha. Procure enxergar a paternidade como um papel a ser desempenhado diariamente, conforme você explora as possibilidades da vida. Pegue as experiências positivas de sua própria família e acrescente novas por conta própria.

Como questionar os mitos da paternidade

1. Reflita sobre como a paternidade está afetando você. Compartilhe impressões com sua parceira e amigos que estão na mesma situação.

2. Pegue, acarinhe, nine e conforte seu recém-nascido desde a hora em que ele nascer.

3. Aprenda a trocar fraldas, dar banhos, alimentar seu filho e ser parte da rotina dele.

4. Pense nas concessões profissionais que está disposto a fazer para ter mais tempo para seu filho. Isso é algo que leva tempo.

5. Aproveite as boas qualidades do seu próprio pai, de professores, amigos e parentes para se espelhar e criar sua identidade paterna. Qualquer pessoa que teve um impacto positivo na sua vida pode ser um modelo a seguir. 

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

20 atitudes para seu bebê crescer mais inteligente

Abaixo algumas dicas de como ajudar no desenvolvimento do seu filho.Algumas ações simples podem fazer com que seu filho cresça mais inteligente e mais preparada para enfrentar esse nosso mundo tão complicado e competitivo.




1- O poder do peito A amamentação é o principal estímulo ao bebê, sem falar do bem que faz à saúde dele. O contato físico durante o aleitamento desencadeia reações vitais ao desenvolvimento afetivo, emocional e mental dele. Nos Estados Unidos, pesquisas mostram que crianças que mamaram no peito têm Q.I. mais alto. Por isso, se for possível, amamente.



2- Olhos nos olhos Quando estiver amamentando ou conversando com o bebê, olhe nos olhos dele. A criança nasce preparada para enxergar a mãe desde as primeiras mamadas. É quando registra sensações e começa a construir a memória.

3- Língua de fora Além de o rosto humano ser atraente para o bebê, estudos revelam que nos primeiros dias a criança já pode imitar o que vê - ou seja, dá conta dos desafios iniciais.

4- Gestos que falam A criança faz a leitura do corpo e da expressão dos adultos que a cercam. Por isso, é importante demonstrar os sentimentos. Um simples beijo estalado gera a conexão de milhares de neurônios.

5- Música, maestro! Cante canções de ninar, invente uma musiquinha ou coloque uma para o bebê escutar. Já existem estudos comprovando que ouvir música clássica (se toda a família curtir o programa, claro) contribui para o aprendizado da matemática.

6- Fralda com graça Transforme a troca de fralda em diversão pura. Leves toques na barriguinha e no bumbum podem despertar o sentido do humor. Mas fique atenta: cara feia ou beicinho indicam a hora de parar.

7- No maior papo Fale com ele sobre o tempo, sobre a alegria de tê-lo na sua vida, sobre o que ele quer fazer a seguir - enfim, sobre qualquer coisa, mas fale. Durante a conversa, a criança começa a perceber a melodia e o timbre da voz. Faça pausas entre as frases para o bebê aprender que há um momento para falar e outro para ouvir.

8- Vamos passear Outros rostos, sons e cores da rua despertam naturalmente a curiosidade do bebê. Mas cuidado com a quantidade de estímulos para não deixá-lo agitado demais.

9- Farra no banho Aproveite o momento em que o bebê se delicia batendo pés e mãos na água e vá dizendo o nome das partes do corpo. Assim você o ajuda a ampliar o vocabulário.

10- Espelho, espelho meu... Por volta do quinto mês, o bebê se encanta ao se ver no espelho, mas ainda não se reconhece - o que vai ocorrer a partir de 1 ano. Mesmo assim, desde cedo brinque com ele em frente ao espelho e mostre "novidades" como o umbigo.

11- Que cheiro é esse? Na hora do banho, deixe o bebê sentir o perfume do sabonete. Durante o almoço, aproxime algum alimento para que ele perceba o cheiro. Observe as reações. Esse jogo simples está relacionado ao desenvolvimento das noções mais básicas de prazer e satisfação.

12-Palmas, beijinhos, tchau Os códigos sociais podem ser transmitidos desde cedo. Com o tempo, o bebê vai associar cada gesto à sua função.

13- Espetáculo de luz e cor Objetos com cores vivas e brinquedos com luzes são uma atração irresistível e um aprendizado garantido.

14- Esconde - esconde Primeiro é a fralda cobrindo o rostinho. Depois são os objetos jogados no chão. É o desaparecer e o aparecer, o ir e o voltar - um verdadeiro treinamento para lidar com situações de separação, como a da mãe que sai para trabalhar.

15- Causa e efeito Anuncie algumas ações antes de executá-las: "Agora, vou acender a luz" ou "Vou fechar a porta" vão, aos poucos, ensinando ao bebê a relação entre causa e efeito.

16- Você no caminho Deite em um edredom e deixe o bebê escalar seu corpo. Ajuda a coordenação.

17- Toque de carinho Passe suavemente um retalho de seda ou veludo nos pés ou nas bochechas do bebê. Cada novo contato desencadeia um turbilhão de conexões neurológicas.

18- Dê nome aos bois... e a tudo o mais Descreva tudo que vê ou ouve: "Veja a rosa vermelha"; "O cachorro latiu". Facilita a identificação.

19- Pele sobre pele Massageie delicadamente braços, pernas e a barriga dele. O contato favorece as sensações de afeto e de segurança.

20- Balancê, balancê Movimente o corpo do bebê com suavidade para a frente e para trás, de um lado para o outro. A criança gosta e, se quer continuar, pede mais. Com isso, aprende a reconhecer o que lhe agrada ou não.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

CineMaterna - Genialidade na simplicidade

A chegada de uma criança muda, e muito a rotina de um casal.

Baladas, festas, viagens, jantares românticos...tudo isso parece entrar em segundo plano para os pais. Algo que curto muito fazer, e que ficou meio esquecido nessa nova rotina, foi curtir um bom filme ao lado da minha esposa no cinema.

Certo dia,ainda curtindo sua licença maternidade, a Gi me disse: “Ri, vou ao cinema com a Thalita amanha na parte da tarde”. Pensei com meus botões...imagina a Anne gritando no meio da sessão, tirando o sossego do povo que quer muito ver o filme?

Foi então que fiquei sabendo que se tratava de uma sessão especial para mamães, onde o choro de bebê fazia parte da trilha sonora.

Curioso, claro, resolvi acompanhar minha família a segunda sessão, em pleno sábado as 11:00 da matina, sim, onze da manha.

Caro leitor, fiquei surpreso com tamanha genialidade dos idealizadores,uma coisa simples, barata e bemmm bacana para quem tem seus pequenos e não pode aproveitar aquela ultima sessão a dois.

Abaixo um breve descritivo do projeto, e aconselho...vão, vocês irão gostar bastante.

Blog: www.cinematerna.blogspot.com

Site: www.cinematerna.org.br

Cinematerna

Em um grupo de discussão pela internet sobre parto humanizado e maternidade ativa, uma mãe cinéfila declarou que sentia muita falta de ir ao cinema após o nascimento de seu primeiro filho. O grupo organizou-se e 10 mães com seus bebês - entre 20 dias e 4 meses de idade "invadiram" um cinema para a primeira sessão batizada de CineMaterna, em fevereiro de 2008.

O programa foi um sucesso, e o encontro de mães e bebês virou uma atividade semanal dessas mães, que entre amamentação e fraldas conseguiram retomar sua vida cultural e, ao mesmo tempo, conversar sobre a experiência da maternidade.

Após alguns meses, o grupo foi acolhido pela rede de cinemas, que reconhecendo o valor desta iniciativa, lançou em agosto de 2008 a estréia oficial da 1ª sessão amigável para bebês.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A FALTA DO PAI É SEMPRE PREJUDICIAL

Entrevista com Rubens de Aguiar Maciel - IHU


“Há um grande desconhecimento em relação à importância da função paterna dentro da família. Nas relações entre mãe e pai, existe uma dinâmica que é alterada com a vinda de um filho. Por outro lado, o pai tem uma função muito importante na formação da personalidade e no aspecto emocional da criança”, afirma o psicanalista Rubens de Aguiar Maciel. Durante a entrevista que concedeu à IHU On-Line, por telefone, ele falou sobre as transformações que o papel do pai vem sofrendo nas últimas décadas.

Maciel analisou as pesquisas que são feitas no Brasil sobre a paternidade, sobre como as mulheres tratam o tema e também sobre a ausência do pai e a influência que o filho traz para o homem enquanto pai. “Hoje há alguns movimentos que procuram auxiliar os homens nesta tarefa de pai, ainda são poucos, mas existem grupos que se organizam no sentido de fazerem turmas de pais, de casais, onde vão discutir a questão da paternidade e do cuidado com os filhos. É algo que precisa ser incentivado e divulgado”, destaca.

Rubens de Aguiar Maciel é psicólogo e psicanalista. Atualmente, é professor na Universidade de São Paulo (USP) e colaborador do Hospital das Clínicas de São Paulo. É considerado um dos poucos especialistas do país na questão da paternidade.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Por que há tão poucas pesquisas sobre o tema da paternidade?

Rubens de Aguiar Maciel – O pai ficou em segundo plano nas investigações científicas e na sua relação com os filhos. Isso talvez porque a presença do pai dentro da família tivesse um papel um pouco mais distante até pouco tempo atrás. Há algumas décadas, o pai não era tão solicitado, como é hoje, para conviver no aspecto emocional com seus filhos e com a mulher. Ele cuidava muito mais do trabalho e de prover a família financeiramente. A parte da educação moral e dos cuidados com os filhos sempre ficou mais com a mãe. Por isso, a relação mãe-criança, mãe-bebê era mais intensa e mereceu mais estudos. Com as transformações econômicas, sociais e dos costumes, o pai hoje participa de uma maneira muito mais intensa e, acredito que, por esta razão, o interesse pela figura e função do pai na formação da personalidade da criança começou a crescer.

IHU On-Line – Quais são as transformações do papel do pai?

Rubens de Aguiar Maciel – Historicamente, o papel do pai sofreu transformações radicais de fato. Na pré-história, sabia-se que o filho tinha uma ligação com a mãe, já que provinha dela. Mas, em um passado remoto, não se tinha a ideia de que o pai fosse responsável pela fecundação. A mãe poderia engravidar pelos espíritos, antepassados ou por tocar em um animal ou em um mineral, de maneira que o pai não tinha a consciência do seu vínculo genético com o filho. Acredito que, por essa razão, a responsabilidade do pai era quase que nula. As coisas foram se transformando, e se descobriu, aos poucos, que a gestação era proveniente de uma união sexual e, desta forma, o pai tinha participação na concepção da criança. Assim, a responsabilidade e a ligação começaram a se estabelecer de maneira mais forte.

Mesmo assim, ainda em épocas longínquas, os grupos sociais eram muito extensos. A criança convivia com uma família extremamente numerosa, muitas vezes, convivia com uma variedade de empregados e funcionários da casa ou das propriedades. A criança sofria influências dessas inúmeras figuras. Com as transformações socioeconômicas, os grupos foram se tornando menores, até se reunirem no que hoje conhecemos como família nuclear, esta é constituída por pai, mãe e filhos, e, às vezes, alguns agregados. Mas o grupo familiar se tornou muito mais restrito, de maneira que a criança passa a ver o pai, a mãe e os irmãos como figuras de referência, e essas assumem uma importância de maior peso.

IHU On-Line – A paternidade é um tabu para as mulheres?

Rubens de Aguiar Maciel – Há um grande desconhecimento em relação à importância da função paterna dentro da família. Nas relações entre mãe e pai, existe uma dinâmica que é alterada com a vinda de um filho. Por outro lado, o pai tem uma função muito importante na formação da personalidade e no aspecto emocional da criança. Como os estudos não são muito extensos e aprofundados, se conhece pouco sobre isso, tanto a mulher quanto a sociedade de uma maneira geral. Na comunidade científica, isso também acontece, na medida em que os estudos não são muito extensos e abundantes. Iniciou-se, em vários outros países, algumas pesquisas que voltam suas atenções e esforços no sentido de olhar para a questão da paternidade, dentro da dinâmica familiar e na constituição emocional do filho.

IHU On-Line – A mãe tem influências no exercício da paternidade?

Rubens de Aguiar Maciel – Se for uma mãe amadurecida e segura emocionalmente, ela irá incluir esse pai, na relação com o filho, de uma maneira positiva. Entretanto, se essa mulher não é razoavelmente madura e se sua relação com o marido não está indo muito bem, pode haver uma tendência da mulher se unir ao filho e excluir o pai. É como se ela fizesse um pacto com o filho por várias razões, por ciúmes ou insegurança do marido, e, desta forma, prejudica o bom vínculo com a criança. Em outros casos, se a mulher é muito ansiosa, ela se volta de uma maneira extremamente exagerada para sua maternidade. Passa a ter um cuidado excessivo e, às vezes, desnecessário. A mãe acaba retirando a atenção de muitas outras coisas e principalmente do marido, que acaba se ressentindo disso. São mulheres que, por exemplo, não podem ter uma vida sexual, que procuram exercer cuidados exagerados com a sua saúde, que não tem uma vida social, se voltam exclusivamente para a gestação, de uma maneira que acaba excluindo o marido do convívio emocional com ela.

IHU On-Line – Quais as diferenças entre o papel e a função de pai?

Rubens de Aguiar Maciel – O papel está mais voltado para as expectativas sociais, culturais e morais de como o pai deve se comportar em relação à sua família e seu filho. Nesta medida, ele deve ser um provedor material, de educação, saúde etc. Inclusive, do ponto de vista legal, há uma lei, que está tramitando no congresso, que irá permitir aos filhos que processem seus pais por ausência afetiva, por falta de amparo afetivo. Porém, esses aspectos são relativos ao papel do pai, é o que se espera que o pai desempenhe. A função do pai diz mais respeito à formação emocional e da personalidade da criança.

O pai vai surgir como um exemplo em muitos aspectos para o filho. Vai surgir como aquele que deve estimular a criança a sair do vínculo simbiótico com a mãe. O pai irá induzir a criança para que ela vá se desligando da mãe, e vá se introduzindo na sociedade. A tendência natural da criança é estar grudada com a mãe o tempo todo, ser o centro das atenções e ter a mãe como objeto de seu controle. Se ela chora ou quer carinho, a mãe estará lá. O pai será aquela pessoa que dirá: “Ela é sua mãe, mas também é minha mulher. Ela é sua mãe, mas também é mãe dos seus irmãos. Você precisa substituir sua mãe, temporariamente, pelo pai ou por algum brinquedo”. Desta forma, o pai vai colocando a criança no convívio com a sociedade e vai fazendo com que ela aprenda a dividir esse amor simbiótico pela mãe com outras pessoas. A criança, primeiro, vai aprender a dividir essa atenção dentro do ambiente familiar, depois na escola, com a sua turma na adolescência, com seu grupo de trabalho na idade adulta, e vai destituindo seus amores primitivos por outros. A função do pai é formar uma criança que saberá dividir e lidar com seus desejos, assim ela conseguirá conviver em sociedade de forma mais harmônica.

IHU On-Line – E quanto aos limites, qual o papel da figura paterna?

Rubens de Aguiar Maciel – A criança ou bebê quer a mãe o tempo todo, exclusivamente, não quer dividi-la com ninguém. Um fato bem exemplar é quando se observa uma criança mamando no peito. A mãe está lá, conversando com ela e, se chega alguém, a criança olha para essa pessoa, mas continua com os dentes cravados no mamilo da mãe. Em relação a esse desejo de exclusividade e essa ligação contínua, isso precisa ser limitado. É preciso que se estabeleça uma separação. Neste sentido, o pai vem como limite.

IHU On-Line – Que lacunas se abrem a partir da ausência da figura paterna?

Rubens de Aguiar Maciel – A falta do pai é sempre prejudicial. Entretanto, a mãe pode exercer certas funções paternas. Neste sentido do limite, a mãe pode exercer em relação ao filho uma separação, dizendo para ele que também tem outras responsabilidades, mesmo na ausência do pai. Já a ausência do pai, como modelo, pode trazer uma série de fantasias e consequências, mais ou menos sérias, dependendo do convívio da criança com outras figuras masculinas. Se a criança tiver uma variedade de figuras masculinas para se identificar, o problema se dilui um pouco. Se não tiver, se o convívio for apenas com a mãe ou com figuras femininas, o problema aumenta, na medida em que não tem modelos para se projetar. A criança, no entanto, pode ir pegando esses modelos com seus amigos, com os pais dos amigos, mas não é a condição mais favorável.

IHU On-Line – Que tipo de transformações o filho traz para o pai enquanto homem?

Rubens de Aguiar Maciel – O fato de ser pai desperta, em muitos homens, um senso de responsabilidade que traz muitas ansiedades, muitas dúvidas. No sentido de que o homem se pergunta se é capaz de desempenhar aquele papel de forma razoável. A minha pesquisa foi feita com pais de primeira viagem, e, quando se trata do primeiro filho, os pais não sabem o que os espera. Eles não sabem se serão capazes de prover os filhos, de manter o emprego, de ser amorosos, darem bons exemplos, e, muitas vezes, não sabem se serão capazes de ter um comportamento diferente daquele que eles tiveram com seus próprios pais. Muitos deles não concordam com a educação que tiveram, esperam dar uma educação diferente, mas não sabem se tem capacidade e flexibilidade para se modificar.

IHU On-Line – Podemos dizer que hoje os pais têm uma relação mais afetiva e próxima com os filhos?

Rubens de Aguiar Maciel – Sim, isso vem mudando. Os pais hoje se mostram muito mais interessados e participativos. Essa quantidade enorme de separações faz com que os pais convivam com seus filhos e passem os finais de semana com eles. Há uma solicitação social, uma sugestão, por parte do comportamento, de que o pai deve se manter mais próximo. Isso tudo tem favorecido uma aproximação entre os pais e os filhos. Eu diria que é um começo e que ainda há muito para se avançar, mas a reação mais íntima entre pai e filho é um fato que vem se estabelecendo.

IHU On-Line – E que aspectos explicam a mudança de comportamento na paternidade, considerando essa relação mais próxima?

Rubens de Aguiar Maciel – Há transformações sociais e econômicas, com as famílias menores, que fazem as mulheres participarem do mercado de trabalho. Faz-se necessária uma divisão das tarefas dentro do lar com o marido, que passa a conviver com filhos de uma maneira mais intensa. Há também a divulgação dos conhecimentos científicos em relação ao comportamento. É indicado que esse pai não seja ausente, frio, distante e autoritário, e que deseje simplesmente determinar o futuro dos seus filhos, dizendo a eles o que devem seguir, a nível de carreira ou de relações. O cuidado com os desejos e as necessidades dos filhos, hoje em dia, é muito maior do que no passado. Hoje, há alguns movimentos que procuram auxiliar os homens nesta tarefa de pai, ainda são poucos, mas existem grupos que se organizam no sentido de fazerem turmas de pais, de casais, onde vão discutir a questão da paternidade e do cuidado com os filhos. É algo que precisa ser incentivado e divulgado.



(Envolverde/IHU Unisinos)
http://www.envolverde.com.br/materia.php?cod=72999&edt=1

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O que significa o sorriso do seu bebê


VEJA QUAIS OS TIPOS DE SORRISOS QUE SEU PEQUENO PODE ESTAR DISTRIBUINDO POR AÍ E APRENDA COMO FUNCIONA CADA UM DELES.

Um simples sorriso pode revelar muito sobre o desenvolvimento de um bebê. Até mesmo algumas doenças podem ser diagnosticadas a partir de sua interpretação. É o caso do autismo, por exemplo. Um dos sinais de seu início é o desinteresse da criança em se comunicar, além da falta de sorrisos, sugerem estudos. Ou seja: sorrir não é só uma manifestação de alegria, como também tem relação direta com o desenvolvimento cerebral. Veja quais os tipos de sorrisos que seu pequeno pode estar distribuindo por aí e aprenda como funciona cada um deles.








Sorriso falso
"Tão pequenino e já malandro?", você pode estar pensando. Mas não é bem assim. Os sorrisos ainda sem dentinhos que os bebês disparam logo depois de nascer são espontâneos e aleatórios, mas nada têm a ver com bom humor. Esses sorrisos são desencadeados simplesmente pela queima de neurônios no tronco cerebral. Esse primeiro movimento da boca é como se fosse um sorrisinho falso!


Sorriso de alegriaUm verdadeiro sorriso de alegria vem diretamente do sistema límbico, que é o centro emocional do cérebro. Envolve os olhos, ergue as bochechas, mas esses músculos são involuntários, ou seja, você apenas consegue movimenta-los se há um sentimento sincero no sorriso. Entre quatro e dez semanas de vida, o sistema límbico, assim como outras regiões, não é suficientemente maduro para permitir que os bebês dêem sorrisos de fato. Quando acontece, é um momento emocionante, em que os pais sentem uma verdadeira ligação com seus filhos – passa a ser uma troca de interações.

Sorriso do sono
Quando os bebês cochilam, às vezes ficamos com a impressão de que eles estão sorrindo, e estão mesmo! Cientistas acreditam que isso aconteça porque as células responsáveis se posicionam próximas à região do tronco cerebral, onde se origina a fase REM do sono (quando acontecem os sonhos mais realistas).

Sorriso vicianteDesde que seu filho te presenteou com um sorrisinho, você se vira nos trinta para fazê-lo sorrir novamente? Pois saiba que você pode estar viciado! Quando os pais percebem que os bebês estão felizes, áreas de recompensa do cérebro são ativadas, dando um impulso no humor, o que deixa aquela sensação de quero mais, dizem estudos.

Sorriso que uneSorrisos são importantes na construção do afeto, alguns psicólogos acreditam que até mesmo os bebês mais velhos guardam os sinais genuínos dos sorrisos verdadeiros apenas para os pais – pessoas estranhas são mais passíveis de receber um sorrisinho falso; já que o estranhamento do primeiro contato não consegue despertar um sentimento tão forte. O sorriso é bem mais do que apenas um presente para os pais; é uma maneira de acompanhar o desenvolvimento dos bebês, pois prova que outras áreas do cérebro foram despertadas. Em comparação com filhotes de outras espécies, as crianças precisam muito do cuidado dos pais para assimilar valores durante seu crescimento. Mas as demonstrações de afeto estão presentes em nós de maneira instintiva. Os sorrisos sinceros e afetuosos são inconscientes, porem essenciais para estreitar a relação entre pais e filhos

terça-feira, 4 de maio de 2010

Dez truques de pai para aplacar o choro

É fato que, em geral, os pais não são lá muito conhecidos pelo jeitinho delicado com os filhos, mas se você perguntar a um deles o que faz para acalmar o choro do seu bebê vai descobrir que, por amor e necessidade, ele provavelmente desenvolveu técnicas especiais para tranquilizar a criança. Confira algumas a seguir:









Ponha-se no lugar do bebê

Colocar uma música de ninar não vai matar a fome de um bebê faminto, e trocar a fralda não acabará com a dor na gengiva quando os dentes estão para nascer. Isso quer dizer que a primeira providência é descobrir por que o bebê está chorando. Parece óbvio, mas, quando o choro começa e não pára, muitas vezes os nervos da família falam ainda mais alto.

Tente o dedinho

Se não tem certeza do que está causando o choro, lave bem suas mãos e depois ofereça o dedinho para o bebê chupar. Essa é uma técnica bem melhor do que a famosa "toma que o filho é seu" direto para o colo da mãe. Lembre-se só de dobrar o dedinho, para que sua unha não machuque a boca da criança. Se o bebê começar a chupar seu dedo desesperadamente, é sinal de que é fome. Se começar a morder seu dedo, podem ser as gengivas incomodando.

Pegue uma bebida

Para o bebê, claro! Tente oferecer uma mamadeira morna de leite materno ordenhado ou de fórmula infantil.

Balance

Os bebês adoram movimento, e um passeio para cá e para lá nos braços fortes do papai não poderia ser mais gostoso. Outra sugestão é o que faz um leitor do BabyCenter. Ele usa a cadeirinha do carro (do tipo bebê-conforto, que põe e tira facilmente) como uma espécie de cadeira de balanço para o bebê, bem apoiada em uma cadeira ou no chão mesmo (o jeito mais seguro). O benefício é que isso funciona também como exercício para os braços paternos.

Dance

Não tenha medo do ridículo, segure o bebê no colo de um jeito que for confortável e mande ver nos passos que souber. Dance devagar, movimentando-se para frente e para trás, com direito a umas voltinhas de vez em quando. Experimente cantar também. Sério. Qualquer coisa que vier à cabeça, desde que seja repetitivo e acompanhe o ritmo dos seus pés. Vá aos poucos diminuindo o volume de sua voz à medida que o bebê começar a se aquietar.

Seja um palhaço

Finalmente vai haver platéia para todas as suas bobagens. Vale careta, barulhos engraçados, se jogar no chão. Um leitor conta que coloca um objeto na cabeça e deixa cair no chão, falando bem alto "De novo não!". Repita até que a criança pareça ter cansado da brincadeira. Isso pode levar um tempinho...

Cante

Rock, MPB, axé, sertanejo, rap. Tente música por música do seu repertório e veja o que mais agrada ao bebê. Não faça imposições, respeite o gosto do seu filho -- não fique decepcionado se a sua música preferida não for a dele também e continue cantando outras.

Coloque o bebê junto a seu corpo

Ponha o bebê em um daqueles acessórios de vestir tipo "canguru" ou simplesmente o carregue bem pertinho do seu corpo. O calor, ritmo do coração e o sobe e desce do seu peito ao respirar podem ser bastante reconfortantes para a criança.

Sente e espere

As mães muitas vezes acham que este método é duro demais e definitivamente masculino, mas, em certas ocasiões, bebês choram porque choram e só querem que os pais os ouçam. Se o bebê não parecer com fome, dor, cansado ou molhado e não quiser um colo ou um carinho, então deixe-o chorar pelo tempo que você aguentar.

Passe o bebê para a mãe

Pode ser que às vezes você tenha que contar com a mais antiga das técnicas paternas: entregar para a mãe e dizer que pelo menos tentou...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ser pai no século XXI

Como os homens concebem seu papel de pai às vésperas do século XXI??
Como o exercem?

Para os povos primitivos, o homem não tinha qualquer participação no processo de reprodução, inclusive acreditava-se que a mulher era fertilizada pelos raios lunares.

Segundo o folclore da civilização ocidental, o pai tem em relação ao nascimento dos filhos, basicamente 3 funções: fecundar o óvulo, esperar ansiosamente no corredor da maternidade enquanto ocorre o parto e prover as necessidades materiais da família.

Daí, o já fora de moda "pai tradicional", que sai para trabalhar todas as manhãs, geralmente almoça fora e retorna a noite, exausto, querendo "os chinelos" e o jantar...

E infelizmente podemos contar nos dedos os que esperam seus bebês no berçário, que os levam ao médico, que participam de reuniões de pais...

Mas, nem todos os pais são omisso. Hoje já é possível observar pais que não se deixam conduzir pelo velho estereótipo machista e curtem os filhos desde a gestação, participam de curso para casais grávidos, lêem revistas e livros especializados e buscam sites que falam sobre bebês. Mais tarde sentem prazer em ajudar a trocá-los, embalam-nos carinhosamente, fascinam-se ao acompanhar seu desenvolvimento e dispõe-se a cuidar deles enquanto suas mulheres desfrutam de um pouco de privacidade, descanso e silêncio.

Dito "pai do século XXI" - ainda fragilizado pelo fato de hoje a mulher ter acesso as mesmas funções que o homem e AO MESMO TEMPO gestar.

Dizemos que a mãe moderna usa seu inato instinto materno. O homem moderno improvisa. Ninguém lhes ensinou como fazer, ou seja, o bê-a-bá. Como agir diante de um bebê, segurá-lo, dar-lhe a mamadeira, fazê-lo arrotar, saber como e de que lado deitá-lo ....Ele aprende na prática, com improviso....e surpreendentemente descobre-se um ótimo pai.

Quando caem os tabus, é maior a liberdade social e cultural de improvisar o papel do pai. Se o homem quiser, poderá ficar mais próximo, estabelecer uma relação mais direta e imediata com a criança, ter acesso ao filho desde o nascimento. Pode pegá-lo, trocá-lo passar pomada no bumbum, limpar o curativo do umbigo, dar-lhe banho, vesti-lo, acalentá-lo, deitá-lo, dar-lhe mamadeira , levá-lo para a mulher amamentar...

Quando a criança cresce o pai pode dar a mamadeira, o mingau, preparar a sopa de legumes, o suco de laranja. E mais tarde arrastar-se pelo chão, engatinhar com ele, ensinar-lhe palavras, cantar, ajudá-lo a andar, manipular seus brinquedos, contar histórias para ele...

É fácil ser pai quando se está disponível...quando não temos medo...quando permitimos a aproximação...quando nos emocionamos. Quando ensinamos (através do abraço) nosso filho a ser um pai ou mãe muito mais afetivo, generoso e feliz.

Lembre-se: Não se nasce um pai moderno, torna-se um...
Boa Sorte!!!

sábado, 10 de abril de 2010

Dormindo a noite toda

Se você quer que seu filho durma como um anjo, comece a agir desde cedo, nos primeiros meses do bebê. Especialistas são unânimes ao dizer que a base para o bom hábito noturno se forma antes do primeiro aniversário. “Esse treino deveria começar lá pelos 4 meses, quando os bebês desenvolvem a habilidade de dormir sozinhos e por longos períodos durante a noite”, diz Jodi Mindell, autor de Sleeping Through the Night (“Dormindo a Noite Toda”). Antes disso, conforme-se. Você vai ter de acordar algumas (muitas) vezes durante a noite. A partir do momento que seu filho chega à fase entre 4 e 6 meses (depende da criança), aí, sim, você pode esperar que ele durma a noite toda. Parece um sonho, mas... como? Aprenda as técnicas que os especialistas dominam e os pais, meros mortais, não.

1. Faça do sono uma prioridade
A qualidade do sono é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento do seu filho. Bebês que não dormem direito liberam mais hormônio do estresse, o cortisol, que os faz acordar mais durante a noite, criando um círculo vicioso de ainda mais estresse e cansaço pra todo mundo. E isso só piora quando a criança cresce. Incontáveis estudos mostram que crianças que não passam adequadamente pelo sono REM (movimento rápido dos olhos), um estágio de alta atividade cerebral, têm menos atenção, mais problemas de comportamento e não aprendem tão bem.

2. Estabeleça uma rotina
Crie bons hábitos de sono desde cedo. Bebês que já têm uma rotina de ir pra cama com 12 semanas de vida vão dormir melhor mais tarde. Em um estudo de 2009, publicado no períodico especializado Sleep, especialistas pediram para que os pais de bebês e crianças pequenas estabelecessem um regime de três passos: um banho, uma massagem e atividades silenciosas; 30 minutos após o banho, eles tinham de apagar as luzes e, então, colocar o pequeno para dormir como fariam normalmente, seja embalando até pegar no sono ou colocando na cama acordado mesmo. Três semanas depois, essas crianças pegavam no sono mais rápido do que antes, acordavam menos durante a noite e eram mais tagarelas durante o dia – assim como as mães delas, finalmente descansadas.

3. Coloque na cama acordado
Embalar, aconchegar e dar mamadeira pode até fazer seu filho dormir agora, mas, a longo prazo, o resultado não é tão bom. Sem perceber, você o está treinando para precisar de “muletas” que o façam pegar no sono, como o peito, a mamadeira, o embalo, a chupeta. Quanto mais cedo você ensiná-lo a dormir por conta própria, mais cedo ele vai aprender a se acalmar sozinho quando acordar no meio da noite. Uma boa saída é mudar a última mamada para o início da rotina de dormir – em vez de pegar no sono nos seus braços, seu filho vai para o berço depois de ouvir uma história ou após trocar a fralda. Quanto mais os pais puderem determinar a hora de dormir e acordar da criança, melhor é.

4. Faça uma massagem
Depois de analisar nove estudos sobre bebês com menos de 6 meses de idade, pesquisadores da University of Warwick, na Inglaterra, descobriram que aqueles que recebiam uma boa massagem antes de ir pra cama dormiam muito melhor. Esses bebês também apresentaram menores níveis de hormônios ligados ao estresse e níveis mais altos de melatonina, o hormônio do sono. Se isso não é suficiente para convencê-la a participar da próxima aula de massagem para bebês (a maioria dos pais que participaram do estudo foi submetida a um treinamento), saiba que massagear seu filho regularmente diminui o choro e a frequência de doenças. Ou seja, vale bem a pena.

5. Entenda a fome da madrugada
Médicos do departamento de Pediatria da Cleveland Clinic Foundation fizeram pesquisas para descobrir se alimentar bebês de 5 semanas ou de 4 meses com farinhas à base de arroz faria com que dormissem a noite toda. Eles não encontraram diferença considerável na duração do sono entre os bebês que se alimentaram com a mistura e os que só tomaram leite. Ou seja: barriga cheia não faz criança dormir melhor. O que é fato: “Bebês que mamam no peito acordam com mais frequência à noite”. Isso acontece, em parte, porque eles ficam com fome mais rápido (o corpo digere com mais eficiência o leite do peito). Claro que isso não deve ser motivo para desmamar a criança. O importante, mais uma vez, é que seu filho aprenda a dormir sozinho, sem depender do peito. Uma maneira de conseguir isso é amamentá-lo e tentar colocá-lo no berço ainda acordado.

6. Hora certa pra dormir
O truque de atrasar a hora de colocar o bebê para dormir com o objetivo de fazê-lo acordar mais tarde não funciona. Isso acontece porque, graças ao ciclo circadiano (período de aproximadamente 24 horas no qual se baseia o nosso ciclo biológico), bebês são programados para se sentirem sonolentos e dormirem cedo – entre 17h30 e 18h30. Se você enrolar e deixar o estado sonolento passar, o corpo luta contra a fadiga, produzindo estimulantes químicos. “Seu bebê começa a ficar ligado – aí é mais difícil de pegar no sono e continuar dormindo”, diz o dr. Weissbluth. Se 17h30 parece cedo demais, principalmente para os pais que trabalham, tente colocá-lo na cama até as 19h ou, no máximo, 20h.

7. Apague a luz
Tente eliminar todas as fontes de luz que podem estar atrapalhando o sono de seu filho. Até luzinhas pequenas e aparentemente insignificantes podem interferir na produção de melatonina pelo corpo. Mas não precisa deixar a criança no breu total, caso ela tenha medo do escuro. Você pode usar uma luz noturna ou até deixar a luz do corredor entrar pela fresta da porta, principalmente para crianças ansiosas. O que prejudica é a luz de um monitor de computador ou da tela da televisão, que é muito estimulante. Dra. Kim West, clínica social e autora de Good Night, Sleep Tight: The Sleep Lady’s Gentle Guide to Helping Your Child Go to Sleep, Stay Asleep, And Wake Up Happy (“Boa Noite, Durma Bem: o Guia Brando Para Ajudar Seu Filho a Dormir, Permanecer Dormindo e Acordar Feliz”), ensina uma outra técnica: sente-se ao lado do berço de seu filho e conforte-o até ele dormir. Isso vale para a noite, a hora da soneca e todas as vezes que ele acordar de madrugada, por três dias. A cada dia, afaste a cadeira um pouco mais, até chegar o dia em que você já estará na porta, só sussurrando pela fresta aberta. Em pouco tempo, o bebê estará dormindo como um anjo, ela garante.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Pai desesperado

Situação engraçada de um pai desesperado colocando sua filha para dormir.

Vale a pena dar uma olhada


sábado, 23 de janeiro de 2010

Fotos do nascimento da Anne

Atendendo a pedidos, algumas fotos do nascimento da Anne. Sem dúvida, o momento mais mágico na minha vida.

Bjos a todos



Momentos antes do parto. Nervoso?? Imagina















Hora do parto. Olha a diferença entre a Gi e eu. Até parece que o parto era comigo e não com ela.














Não tem como explicar esse momento, não tem.
















Fala a verdade. Não é a cara do pai? Rsrsrs












quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A chegada da maternidade na minha vida

Estar grávida neste momento da minha vida foi, de fato, um acidente, pois não planejamos. Mas eu e o Ri confessamos que este acidente foi divino. Pude tirar dessa situação minha primeira lição: que ao ficar grávida o universo conspira ao seu favor, fica tudo próspero. E que não há fórmula ou estudo para saber o momento certo de viver este momento. É mesmo incrível, um filho muda tudo, não há como negar. E, graças a Deus, no meu caso mudou tudo para melhor.

Desde o dia que olhei para aquele teste de gravidez com a indicação de positivo, olhei novamente para o segundo teste (crendo que havia algo errado com aquele aparelho) e mais uma vez o positivo estava ali presente, tive naquele exato momento uma transformação na minha vida, mesmo que involuntária, e entrei rapidamente dentro de uma montanha-russa de sentimentos, os quais mudaram minha vida para sempre. E o melhor até agora é que esta montanha-russa continua a 200/km por hora.rs

Estar grávida me faz sentir orgulho de mim mesma, e claro, de todos que me ajudam nessa fase. Todos vocês que estão ao meu redor, de uma forma direta ou mesmo indiretamente, também se sintam responsável por me ajudar a gerar esta vida dentro de mim. Vocês me ajudaram criar este universo com nossas conversas, encontros, as dicas e conselhos (mesmo com alguns esquisitos...rs), os presentes a atenção, o carinho... enfim, obrigada por fazerem parte disso.

Bom, estou com quase 40 semanas de gestação. Quanta espera ao longo desses nove meses..., quanta expectativa, quantos afazeres, quantos estudos e pesquisas em revistas, internet se fez necessário para eu conhecer um pouquinho desse mundo novo que estou vivendo, como nosso horizonte e campo de visão muda ao saber o sexo do seu bebê, quantas consultas e exames, tentei evitar... mas quanto estresse também nesse momento delicado. Mas, acredito que tudo isso se faz necessário para o momento da chegada do seu bebê se tornar um momento único e prazeroso.

Nessa minha jornada chamada gravidez também tive muitas surpresas, realizações pessoais, momentos de insegurança e expectativas. Sinto-me uma mulher privilegiada por poder vivenciar cada momento, pois sei que isto irá me transformar em uma pessoa responsável, agradecida a Deus e a todos que fizeram parte disso, e claro, em uma ótima mãe de primeira viagem. Esta é minha auto-realização, acredito que o Ri tem o mesmo sentimento.

Para finalizar, afirmo que gerar uma vida, ou seja, estar grávida é um período mágico e cheio de significados. Aproveito esta fase deliciosa, curto cada momento do jeito que posso. Não sou egoísta, muito menos hipócrita, portanto... de verdade, desejo que todos possam sentir a mesma felicidade e esta sensação maravilhosa de auto-realização, com qualquer coisa que você almeja para sua vida.

Ri, parei agora para pensar como é incrível essa nossa transformação. Parar e perceber que estamos deixando de ser um casal para sermos uma família, e graças a Deus com direito a: lar próprio, cachorro, muitos planos e sonhos, e claro... nosso pedacinho de gente que fará com que cada momento nosso valerá a pena... Nossa, isso tudo não tem preço!

Anne, meu bebê, seja muito bem-vinda!

Beijinhos a todos.

Gisella Nóbrega